COLUSSI, Maria de Souza (1975)
Uma Análise Estatística em Educação
São Paulo, 1975. Tese de Doutorado (Pós-graduação em Ciências)
Universidade Estadual Paulista Júlio Mesquita Filho.
Uma Análise Estatística em Educação.
Nome do Orientador: Rubens Alves da Cunha
Área: Ciências Humanas: Psicologia
Assunto: Prontidão
Referencial Teórico: Psicologia Associacionismo
Natureza do Texto: Pesquisa: Survey
Resumo: Partindo do pressuposto de que é importante diferenciar os alunos no início do processo de alfabetização, quanto às suas condições para aprender, foi objetivo do estudo realizar uma análise estatística das diferenças entre grupos de alunos de 1ª série do 1º grau, considerando três variáveis relacionadas com a prontidão para a alfabetização: nível de maturidade, nível mental e nota de aproveitamento. A população do estudo foram as crianças em fase de alfabetização, não repetentes, matriculadas, em 1973, nos 4 grupos escolares da região central da cidade de Araraquara, a fim de minimizar a influência do fator socioeconômico. A amostra foi constituída por 193 crianças, selecionadas por procedimentos estatísticos. Como técnicas de pesquisa, elegeu-se, para avaliação de maturidade, o Teste Metropolitano de Prontidão; para a análise do nível mental da criança, foi utilizado um Teste de Inteligência Não - Verbal; para a verificação do aproveitamento do aluno, foram utilizadas as notas obtidas em avaliação feita pelos professores no final do primeiro semestre. Para a análise das três variáveis consideradas, a amostra foi subdividida em 4 grupos, diferenciados pelas categorias de forte, médio-forte, médio-fraco e fraco - os alunos foram localizados nesses diferentes grupos segundo critério do professor ou de especialistas das escolas. A análise estatística incluiu: estudo estatístico descritivo, análise estatística unidimensional e multidimensional e análise dos pressupostos. A análise permitiu concluir que: há uma diferença real quanto ao preparo do aluno para a alfabetização nas subdivisões de classes propostas pelos estabelecimentos de ensino; as três variáveis consideradas no estudo (nível de maturidade, nível mental e avaliação do aluno) contribuem para a formação de diferentes grupos homogêneos, quando se refere a alunos fracos e médios; para os melhores alunos, apenas a nota de aproveitamento não é eficiente na discriminação; a distribuição das crianças por turmas homogêneas tal como feita nas escolas mostrou não ser a mais adequada, em vista da ocorrência de muitos erros de classificação, detectados pela pesquisa.