POLLICARPO, Lindamir Santos (1979)
Avaliação de Habilidades Psicolinguística em Crianças de Níveis Sócio-Econômicos Diferenciados
Avaliação de Habilidades Psicolinguística em Crianças de Níveis Sócio-Econômicos Diferenciados.
Rio Grande do Sul, 1979. Dissertação de Mestrado Acadêmico (Pós-graduação em Educação)
Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Nome do Orientador: Norberto Jacob Etges
Área: Ciências Humanas: Educação
Assunto: Em Análise
Referencial Teórico: Em Análise
Natureza do Texto: Em Análise
Resumo: O trabalho teve o objetivo de descrever a linguagem das crianças, enquanto expressão do pensamento lógico. Para isso, foi organizado e aplicado o Teste de Habilidade de Uso da Língua, que focaliza duas habilidades psicolinguísticas: a expressiva e a receptiva. O instrumento inspirado em parte, no "Illionois Test of Psycholinguistic Abilities", consta de vinte itens, abarcando duas dimensões: a expressão e a recepção. O teste foi aplicado em sessenta sujeitos de duas salas de aua, escolhidos aleatoriamente, sendo que trinta pertenciam a uma escola de zona central e trinta da periferia da cidade. As escolas foram escolhidas randomicamente. Os sujeitos não eram repetentes e tinham a idade de sete a oito anos e não estavam ainda alfabetizados. Foi usado, também, um formulário de caracterização sócio-econômica, para a tipificação das escolas, visto ser um estudo comparativo. A apuração dos dados do Formulário permitiu determinar dois grupos: G1 - nível sócio-econômico baixo, correspondendo à zona periférica e G2 - nível sócio-econômico médio equivalente à zona central. A coleta dos dados foi feita de forma individual. Após a aplicação do instrumento, foi feita a avaliação psicolinguística dos dados. O estudo contou com hipótese e perguntas de pesquisa. A comparação dos dados do G1 e G2 foi feita através do Teste U Mann Whitney, para a testagem das hipóteses, ao nível alfha : 0,05. O critério estatístico adotado para as perguntas foi a análise percentual. Os resultados da testagem das hipóteses foram mais significativos ao G2. As perguntas de pesquisa revelaram que estes sujeitos usaram frases estruturalmente mais complexas e longas do que os sujeitos do G1. Os sujeitos do G1 organizaram maior número de frases, porém estas foram mais curtas e estruturalmente mais simples do que as dos sujeitos do G2. Não houve diferença significativas no uso de classe das palavras (categoria gramatical) entre os grupos. As conclusões do trabalho indicam algumas sugestões para o ensino e a pesquisa.
