LIMA, Maria Eliana Matos de Figueiredo (1983)
Compreensão da Leitura Narrativa em Crianças - Um Estudo Sobre o Pensamento Inferencial
Compreensão da Leitura Narrativa em Crianças - Um Estudo Sobre o Pensamento Inferencial.
Pernambuco, 1983. Dissertação de Mestrado Acadêmico (Pós-graduação em Psicologia)
Universidade Federal de Pernambuco.
Nome do Orientador: Terezinha Nunes Carraher
Área: Ciências Humanas: Psicologia
Assunto: Em Análise
Referencial Teórico: Em Análise
Natureza do Texto: Em Análise
Resumo: O papel do pensamento inferencial na compreensão da leitura foi estudado em 60 crianças da 1ª à 5ª série de uma escola particular de 1º grau, em REcife. Um odelo de inferência de Warren, Nicholas e Trabasso (1979), já testado em universitários, foi utilizado para se investigar o processo de construção de inferência em crianças e para compará-lo com o dos universitários. Uma análise foi feita de: a) classes de inferências lógicas, informacionais e avaliativa; b) subclasses de inferências informacionais proniminal, espaço-temporal e referencial; c) inferência lógica com as funções de "conexão de eventos" e de "completação de lacunas" no texto. Foram analisadas, também, as relações entre inferências lógica, informacional e avaliativa, a escolaridade e o domínio do conceito de causalidade. Foi usada uma história em duas versões, que diferiam apenas com relação à apresentação de informação na narrativa. Em um caso, a forma de apresentação referia-se à função de "conexão de eventos"; noutro, ela se referia ao processo de inferência lógica conhecido como "completação de lacunas". Constatou-se que: a) a habilidade de decodificação da leitura é realcionada com a progressão escolar; b) a evolução da compreensão da leitura é relacionada ao progresso em decodificação; c) inferências lógicas foram mais frequentemente feitas que inferências informacionais; d) inferências lógicas foram mais construídas quando as informações estavam explícitas no texto; e) o nível de compreensão da leitura é relacionado com o domínio do conceito de causalidade. A construção de inferência das crianças foi comparada com a dos universitários.
