MACHADO, Maria Terezinha de Carvalho (1984)
Um Estudo da Linguagem Verbal-Oral da Criança de 1ª Série e Sua Influência
Um Estudo da Linguagem Verbal-Oral da Criança de 1ª Série e Sua Influência.
Rio de Janeiro, 1984. Dissertação de Mestrado Acadêmico (Pós-graduação em Educação)
Universidade Estadual do Rio de Janeiro.
Nome do Orientador: Maier Chil Sztahnberg
Área: Ciências Humanas: Educação
Assunto: Em Análise
Referencial Teórico: Em Análise
Natureza do Texto: Em Análise
Resumo: A dissertação relata um estudo sobre a linguagem verbal oral da criança de 1ª série, e sua influência na aprendizagem da leitura e da escrita. O objetivo foi diferenciar a linguagem verbal oral de crianças com desempenho satisfatório e crianças com desempenho insatisfatório em leitura e escrita, e de crianças novas na escola e crianças repetentes. Os sujeitos foram 160 alunos de 7 a 10 anos, sem problemas sensoriais e intelectuais, assíduos e submetidos ao mesmo método de alfabetização, sorteados entre os regularmente matriculados na 1ª série de 5 escolas públicas do município do Rio de Janeiro. Foram utilizados como instrumento 40 cartões com figuras isoladas de animais e objetos e uma gravura representando uma cena. As crianças, após um primeiro contato de conversa informal, deveriam enunciar o nome das figuras ou objetos representados nos cartões, desenvolver oralmente a cena representada na gravura, e contar livremente uma história qualquer. A pesquisadora avaliou: o desempenho ao nomear as figuras; a organização sintática da linguagem verbal oral, observada no uso das categorias gramaticais; a fluência verbal, demonstrada no número de palavras usadas; os níveis de desenvolvimento da organização do pensamento. A autora constatou, ao comparar a linguagem verbal oral das crianças com bom e com mau desempenho em leitura e escrita, diferença significativa no nível de organização do pensamento, favorável ao alunos com desempenho satisfatório. Ao comparar a linguagem verbal oral das crianças novatas com a das repetentes, não foi encontrada diferença significativa. A autora comparou ainda o grupo que freqüentara o Jardim da Infância com o grupo que não o freqüentara, não constatando diferença significativa entre eles, em nenhum aspecto. A autora concluiu que a escola deve adotar uma prática pedagógica baseada na realidade concreta de seus alunos, em termos de considerar seus hábitos, linguagem, costumes e valores.