NICOLAU, Marieta L. Machado (1987)
A Integração de Atividades no Processo de Alfabetização, Sem Cartilha, em Duas Escolas de 1º Grau
São Paulo, 1987. Tese de Doutorado (Pós-graduação em Educação)
Universidade de São Paulo.
A Integração de Atividades no Processo de Alfabetização, Sem Cartilha, em Duas Escolas de 1º Grau.
Nome do Orientador: Myriam Krasilchick
Área: Ciências Humanas: Educação
Assunto: Em Análise
Referencial Teórico: Em Análise
Natureza do Texto: Em Análise
Resumo: O objetivo da pesquisa foi estudar as condições de aprendizagem da leitura e escrita por crianças, sem utilização de cartilha. A pesquisa foi realizada através da atuação participante da pesquisadora junto a professoras e alunos de duas classes de uma escola pública de 1º grau, que atendia a alunos de nível socioeconômico baixo e apresentava nível alto de retenção nas primeiras séries, e de três classes de uma escola particular, que atendia a alunos de nível socioeconômico médio e alto. Foi trabalhada a expressão oral das crianças e a produção de textos, de que resultou a elaboração de 3 livros intitulados "Nossas primeiras histórias". A autora conclui que: interferiram no interesse e aprendizagem dos alunos o momento deles na construção do conhecimento, a qualificação e principalmente o envolvimento dos professores, a metodologia utilizada, as condições socioeconômicas das famílias, as condições de funcionamento da escola; os objetivos da escola particular aproximavam-se naturalmente dos apresentados pelas famílias e, conseqüentemente, pelos alunos, ao contrário do que ocorreu na escola pública, em que dependeu de um grande esforço dos professores a mediação entre o capital cultural dos alunos e as exigências do processo de alfabetização. A autora constatou ainda diferenças grandes quanto à linguagem apresentada pelos alunos das duas escolas, embora eles fossem igualmente eficientes na expressão de idéias e sentimentos. Finalmente, a autora verificou que alfabetizar sem cartilha e a partir de temas de interesse das crianças possibilitou priorizar a expressão oral e outras formas de linguagem não verbal e valorizar as experiências infantis.