DINIZ, Marilene Valério (1987)
Métodos de Alfabetização: Pressupostos Lingüísticos
Minas Gerais, 1987. Dissertação de Mestrado Acadêmico (Pós-graduação em Letras)
Universidade Federal de Minas Gerais.
Métodos de Alfabetização: Pressupostos Lingüísticos.
Nome do Orientador: Magda Becker Soares
Área: Linguística, Letras e Artes: Linguística e Letras
Assunto: Em Análise
Referencial Teórico: Em Análise
Natureza do Texto: Em Análise
Resumo: A pesquisa teve como objetivo analisar os métodos e processos de alfabetização, a fim de identificar os princípios lingüísticos que lhes serviriam de suporte. Foram escolhidos três métodos de alfabetização: global de contos, eclético e fônico, e cartilhas e pré-livros representativos de cada um dos três métodos, optando-se por aqueles que eram então mais utilizados no município de Divinópolis - MG. A pesquisa desenvolveu-se em três etapas: 1ª: análise da bibliografia a respeito dos métodos de alfabetização, para verificação da presença ou ausência de fundamentação lingüística, e, em caso de presença dessa fundamentação, avaliar sua pertinência e coerência teórica; 2ª: análise dos pré-livros, cartilhas e manuais do professor, em busca de seus pressupostos lingüísticos; 3ª: observação de três classes de alfabetização em que se aplicavam alguns dos materiais analisados, a fim de verificar a operacionalização do método, relativamente aos pressupostos lingüísticos da prática. Os resultados evidenciaram que a fundamentação lingüística dos materiais de alfabetização, quando existia, era inconsistente, não abrangendo os principais aspectos envolvidos no processo, principalmente no que se refere às relações entre sistema ortográfico e sistema fonológico, às questões de textualidade e ao problema das variantes lingüísticas; o professor alfabetizador não tinha conhecimento profundo do objeto que ensinava, a língua escrita, pois sua formação teórico-lingüística era precária, ficando seu trabalho na dependência de sua intuição e prática. A autora conclui que o problema de alfabetização não se restringe à questão de método, vinculando-se, entre outros fatores, à questão de uma integração interdisciplinar, que considere a aquisição do código escrito como um complexo bio-sócio-psico-lingüístico.