MACEDO, Roberto Sidnei Alves (1988)
Prontidão, Compensação e Pré-Escola: Prática e Crítica
Bahia, 1988. Dissertação de Mestrado Acadêmico (Pós-graduação em Educação)
Universidade Federal da Bahia.
Prontidão, Compensação e Pré-Escola: Prática e Crítica.
Nome do Orientador: Terezinha Fróes Burnham
Área: Ciências Humanas: Educação
Assunto: Em Análise
Referencial Teórico: Em Análise
Natureza do Texto: Em Análise
Resumo: A partir de uma revisão dos conceitos de prontidão, privação cultural, educação compensatória e pré-escola, o estudo buscou caracterizar uma prática voltada para a "prontidão" para aprender, no processo de ensino-aprendizagem formal, no contexto de uma classe pré-escolar de um programa "compensatório" do tipo preparatório, desenvolvido na Creche do Centro de Assistência Social da Polícia Militar da Bahia, que atendia a crianças de baixo nível sócio-econômico. Desenvolveu-se uma pesquisa qualitativa com utilização do método etnográfico, sendo a prática apreendida através de observação participante e do levantamento, através de entrevistas, das representações simbólicas de componentes do programa: a professora, o psicólogo (o próprio autor), a assistente social, as crianças, os pais e as professoras alfabetizadoras que recebiam as crianças provenientes do programa observado. Foram também fontes de informação documentos do programa e, para registro de dimensões como formas, espaços, proporcionalidade, postura, fotografias do ambiente interno e externo do programa e de aspectos da prática pedagógica, e desenhos esquemáticos das instalações. O autor conclui que os pressupostos da educação compensatória desempenhavam, na escola observada, um papel educacional conservador e idealista e expressavam uma pedagogia psicologizada e etnocêntrica; a prática pedagógica evidenciava a dificuldade de realizar um ensino de qualidade e adequado à realidade de crianças de camadas desfavorecidas, embora, na perspectiva dessas crianças e de seus pais, o programa fosse visto como adequado. O autor sugere a substituição ou modificação do conceito e da prática da "prontidão", tomando-se como parâmetro as condições concretas do aluno pobre, que devem nortear a prática pedagógica.