DURAN, Marília Claret Geraes (1988)
A Representação de Pré-Escola: Suas Relações Com a Prática de Alfabetização
São Paulo, 1988. Dissertação de Mestrado Acadêmico (Pós-graduação em Psicologia da Educação)
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.
A Representação de Pré-Escola: Suas Relações Com a Prática de Alfabetização.
Nome do Orientador: Maria Laura Puglisi Barbosa Franco
Área: Ciências Humanas: Educação
Assunto: Em Análise
Referencial Teórico: Em Análise
Natureza do Texto: Em Análise
Resumo: O trabalho teve como objetivo identificar as representações de professoras alfabetizadoras a respeito dos objetivos e valor da educação pré-escolar e caracterizar a sua prática de alfabetização, interpretando-as à luz do quadro teórico da psicogênese da língua escrita, sobretudo no que se refere ao conceito de "Prontidão para a alfabetização". A pesquisa realizou-se numa escola estadual de 1º grau, localizada na periferia de São Paulo, cujo índice de repetência ficara, no ano anterior, acima de 40%, na passagem do Ciclo Básico para a 3ª série. Foram entrevistadas 9 professoras alfabetizadoras, sendo 5 docentes de classes de iniciantes no Ciclo Básico e 4 docentes de classes de 1ª etapa desse ciclo (2° semestre do ciclo). Realizaram-se com as professoras 10 entrevistas e coletaram-se amostras de escrita espontâneas das crianças, a fim de confrontar a prática de alfabetização das professoras com o estágio de desenvolvimento dos alunos, no processo de aquisição da língua escrita. A autora concluiu que: a maioria das professoras revelou-se comprometida com o conceito tradicional de prontidão, compreendida como o domínio de habilidades de percepção visual e auditiva, controle motor, organização espaço-temporal, lateralidade e linguagem oral, e entendiam a pré-escola como o local ideal para o treinamento dessas habilidades; a prática de alfabetização das professoras estava centrada na aquisição de mecanismos de leitura e escrita, com o sentido restrito de codificação e decodificação; a análise da escrita espontânea das crianças evidenciou o distanciamento entre o estágio em que se encontravam no processo de aquisição da escrita e as representações e práticas das professoras. Os dados revelaram, pois, uma distância entre o conhecimento atual sobre o processo e a prática de alfabetização e as representações e práticas das professoras.