COSTA, Donária Carvalho (1988)
O Processo de Aquisição da Escrita na Escola: Um Estudo em Textos Produzidos Pelas Crianças
Espírito Santo, 1988. Dissertação de Mestrado Acadêmico (Pós-graduação em Educação)
Universidade Federal do Espírito Santo.
O Processo de Aquisição da Escrita na Escola: Um Estudo em Textos Produzidos Pelas Crianças.
Nome do Orientador: Euzi Rodrigues Moraes
Área: Ciências Humanas: Educação
Assunto: Em Análise
Referencial Teórico: Em Análise
Natureza do Texto: Em Análise
Resumo: O trabalho analisa o processo de aquisição da língua escrita pela criança, estudando textos produzidos por alunos de 1a, 2a e 3a séries do 1o grau, matriculados numa escola pública de periferia urbana, atendendo a crianças de camadas populares; a escola desenvolvia um Projeto denominado "Experiência de Alfabetização". O objetivo da análise foi categorizar os erros das crianças, diferenciando entre erro ortográfico, erro construtivo e erros socialmente estigmatizados. A pesquisa desenvolveu-se em 3 etapas. Na primeira etapa, foi feita a análise de 28 trabalhos produzidos por 3 crianças, procedendo-se à categorização dos erros, explicando-se sua origem e observando-se seu percurso e emergência no texto da criança. A segunda etapa constituiu-se de um estudo longitudinal de 15 trabalhos, produzidos ao longo das três séries, por 1 sujeito; fez-se a análise do percurso do erro, observando sua manutenção ou eliminação ao longo do tempo. A terceira etapa consistiu em análise contrastiva de 10 textos de duas crianças participantes do Projeto e de 4 crianças não participantes, visando à comparação do tipo de texto que emergia nos dois contextos educacionais, e ainda verificar se a criatividade da criança estaria sendo tolhida pela atitude corretiva da escola. O estudo conclui que a escola bloqueia um processo criativo de criação de hipóteses, que conduziria a criança à autocorreção; o estudo longitudinal evidenciou que a criança corrige os "erros de 1ª ordem" e mantém os de "2ª e 3ª ordem "; a análise contrastiva indicou que as crianças não participantes do Projeto demonstraram menor criatividade e espontaneidade do que as crianças que participavam dele, tendo estas desenvolvido um estilo pessoal de escrever e produzido textos mais variados tematicamente e mais coesos.