FRANCISCHINI, Rosângela (1990)
Linguagem Oral - Linguagem Escrita: Elementos Conjuntivos na Produção de Narrativas Por Crianças em Processo Formal de Aquisição da Escrita
Linguagem Oral - Linguagem Escrita: Elementos Conjuntivos na Produção de Narrativas Por Crianças em Processo Formal de Aquisição da Escrita.
São Paulo, 1990. Dissertação de Mestrado Acadêmico (Pós-graduação em Psicologia)
Universidade de São Paulo.
Nome do Orientador: Maria Regina Maluf
Área: Ciências Humanas: Psicologia
Assunto: Em Análise
Referencial Teórico: Em Análise
Natureza do Texto: Em Análise
Resumo: A pesquisa teve como finalidade apreender as diferenças e similaridades presentes na organização de textos nas modalidades oral e escrita da linguagem, produzidas por escolares em processo formal de aquisição da escrita. Foi eleita, como centro de interesse, a caracterização dos recursos coesivos, especificamente os elementos conjuntivos de que a criança faz uso na produção de texto oral ou escrito. Para tanto, foi realizado um estudo transversal das narrativas produzidas por 4 crianças com idade média de 8 anos, pertencentes à 2ª série de uma escola da rede estadual de ensino de Pelotas - RS. A coleta de dados realizou-se nas dependências da escola - biblioteca -, dispondo-se ainda de uma sala de jogos, na qual as crianças permaneciam em atividades recreativas ou nos momentos de produções individuais. O corpus foi constituído por 8 narrativas - 4 orais e 4 escritas - produzidas pelas crianças selecionadas. A apresentação e análise dos dados evidenciaram que se, por um lado, a criança transpõe para o plano da escrita elementos conjuntivos associados à condição de produção da fala, por outro, ela reconhece diferenças nas características discursivas que regulamentam a utilização desses elementos na estruturação textual. Entretanto, a autora ressalta que o fato da criança conceber diferenciações acerca da organização do texto oral e escrito não significava que ela dominava os recursos que, na produção escrita, poderiam substituir aqueles próprios à fala. Além disso, verificou-se nas produções escritas analisadas a ausência de conectivos, definidores da coesão textual; o que, segundo a autora, poderia ser reflexo do estilo transposto pelo material didático destinado à alfabetização. Nesse sentido, a autora chama a atenção para a necessidade de se promover oportunidades de acesso à escrita convencional, socialmente valorizada, permitindo a produção espontânea de textos pelas crianças.
