BEER, Márcia Stella (1990)
Um Estudo Sobre Níveis de Aquisição de Leitura e Escrita em Crianças da Pré-Escola Que Não Receberam Instrução Formal
Um Estudo Sobre Níveis de Aquisição de Leitura e Escrita em Crianças da Pré-Escola Que Não Receberam Instrução Formal.
São Paulo, 1990. Dissertação de Mestrado Acadêmico (Pós-graduação em Distúrbios da Comunicação)
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.
Nome do Orientador: Sheila Maria Leão Braga
Área: Linguística, Letras e Artes: Linguística e Letras
Assunto: Em Análise
Referencial Teórico: Em Análise
Natureza do Texto: Pesquisa: Estudo de Caso
Resumo: Esta pesquisa pretendeu verificar o desenvolvimento de aspectos perceptuais e metalingüísticos relacionados à aquisição de leitura e escrita por crianças da pré-escola, as concepções a respeito da leitura e da escrita apresentadas pelos sujeitos investigados; e, ainda, visualizar em que nível de aquisição se encontravam as crianças, segundo as etapas propostas por Ferreiro e Teberosky, estabelecendo relações com aspectos referentes à prontidão para a alfabetização e com fatores ambientais e culturais. Os sujeitos, constituintes da amostra foram 20 crianças, com idade entre 5 e 6 anos, provenientes de um meio sócio-econômico médio-alto. As informações acerca do ambiente familiar foram colhidas a partir de um questionário respondido pelos pais das crianças. Além disso, foram aplicadas provas específicas para avaliar as habilidades dos sujeitos quanto à identificação pessoal e linguagem oral; provas perceptuais e metalingüísticas para a leitura e a escrita e o Teste Metropolitano de Prontidão Forma R. Cada criança foi avaliada individualmente, em duas sessões, com duração média de 30 minutos, em horário de aula. O período de coleta de dados foi de 1 mês. A autora concluiu que as etapas iniciais da alfabetização podem ocorrer antes mesmo do início da alfabetização formal, uma vez que as crianças se mostraram capazes de inferir sobre os elementos gráficos que compõem a escrita, sobre a forma como se diferenciam e se organizam. Além disso, as crianças manifestaram condições de representar as palavras ditadas, segundo suas próprias concepções, reconhecendo vocábulos no interior de um contexto rico em informações. Observou-se, também, que as crianças retiravam os estímulos para a (re) formulação de hipóteses do ambiente em que viviam, demonstrando maior curiosidade e interesse à medida que tinham contato com materiais e situações concretas de leitura e escrita.