POKORSKI, Maria Melania Wagner F (1990)
A Disortografia em Escolares do Ensino de 1º Grau: Persistência e Alternativas
Rio Grande do Sul, 1990. Dissertação de Mestrado Acadêmico (Pós-graduação em Educação)
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul.
A Disortografia em Escolares do Ensino de 1º Grau: Persistência e Alternativas.
Nome do Orientador: Augusto Nibaldo Silva Trivinos
Área: Ciências Humanas: Educação
Assunto: Em Análise
Referencial Teórico: Em Análise
Natureza do Texto: Em Análise
Resumo: No trabalho procurou-se identificar as características da disortografia, bem como os possíveis fatores que lhe dão origem, em escolares da 3ª, 5ª e 8ª séries do ensino de 1º grau, buscando alternativas a serem divulgadas entre os profissionais da educação, com a finalidade de prevenir as dificuldades dos escolares na ortografia. Trabalhou-se com a subamostra I integrada por 1.438 escolares, dos quais 447 correspondem à 3ª série, 512 à 5ª série e 479 à 8ª série. Nesta subamostra I indetificou-se uma subamostra II de 314 escolares considerados como possíveis disortográficos (223 da 3ª série, 53 da 5ª série e 38 da 8ª série0. Os dados foram recolhidos através de um ditado balanceado aplicado à subamostra I e de uma composição escrita, de um xerox do caderno e de observações registradas pelo professor quanto à escrita do escolar, correspondentes a 37 escolares escolhidos aleatoriamente entre a subamostra II. Os resultados mostram que podemos caracterizar a disortografia como sendo o conjunto de "erros" na escrita a partir das normas convencionais das palavras. Estes "erros" podem ser através de trocas, omissões, acréscimo, transposições, substituições e inversões de letras, como também segmentado ou agregando palavras. Apesar da escolaridade (alfabetização sistematizada), o sujeito apresenta os "erros" com frequência, porém sem indicar qualquer déficit cognitivo. Entre os possíveis fatores que originam a disortografia considerou-se o sexo, a idade dos escolares participantes, os tipos de escola e a classe sócioeconômica dos sujeitos; os dois municípios (Porto Alegre e Igrejinha), a influência do bilinguismo na escrtia e fatores ligados à "tendência pedagógica" veiculada nas escolas. Os resultados indicam que não há apenas um fator determinante da presença da disortografia, sendo esta multifatorial, cujas causas podem ser internas ou externas ao escolar e à sua família.