SILVA, Maria Alice Setúbal (1992)
A Elaboração da Escrita no Contexto Social e Escolar: as Múltideterminações da Evolução da Escrita em Diferentes Grupos Classe
A Elaboração da Escrita no Contexto Social e Escolar: as Múltideterminações da Evolução da Escrita em Diferentes Grupos Classe.
São Paulo, 1992. Tese de Doutorado (Pós-graduação em Psicologia da Educação)
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.
Nome do Orientador: Bernardete Angelina Gatti
Área: Ciências Humanas: Educação
Assunto: Em Análise
Referencial Teórico: Em Análise
Natureza do Texto: Em Análise
Resumo: O presente trabalho objetivou descrever e analisar a trajetória dos diferentes grupos-classe, submetidos a uma mesma proposta pedagógica (Programa de Leitura e Escrita - PLE), de modo a apreender a evolução da produção escrita, buscando identificar os fatores que parecem interferir nos diferentes padrões encontrados. Os dados foram coletados durante o ano de 1989, em 17 classes de 1ª série de 7 escolas da rede pública da Grande São Paulo (Carapicuíba/Barueri), e no município de São Paulo. Para a análise dos dados foi estipulado pela pesquisadora o seguinte conjunto de categorias de análise: Padrões de Escrita - avaliação da produção escrita das crianças a partir das listas de palavras e das frases ditadas pela professora; Tipos de Textos - avaliação da produção de um texto narrativo das crianças; Interação Social: professor/aluno e aluno/professor - análise do papel desempenhado pelo professor e das relações em sala de aula; Teoria e Prática - avaliação do pressupostos teóricos, da prática, da relação teoria X prática; Didática - análise da organização do trabalho do professor em sala de aula; Papel do Professor e da Escola - avaliação de como o perfil da direção e a orientação da escola reflete na sala de aula. Foram também observados pontos relativos à aplicação do PLE, apropriação dos conteúdos e assimilação de seus pressupostos teóricos por parte do professor, sendo ainda verificada a postura da Escola com relação ao projeto e as consequências desta atitude no desenvolvimento das crianças. As crianças foram avaliadas em Grupos-Classe sendo a Classe A as de melhores resultados na apropriação da escrita, a B as de piores resultados, as Classes C e D foram comparadas quanto ao conhecimento inicial das crianças e o modo de atuação das professoras. Foram também considerados os casos individuais de cada subgrupo para verificação dos fatores que interferiram na trajetória das crianças. Foram utilizados questionários, observações em sala de aula, depoimentos, análise de documentos, etc, para para levantamento dos dados relativos aos professores e a Escola. A autora concluiu que relativamente aos conhecimentos iniciais sobre língua escrita há uma grande heterogeneidade entre as escolas estudadas, mas que o nível inicial, assim como a frequência ou não à pré-escola não constitui um elemento determinante na evolução da escrita. Foram considerados fatores determinantes a forma de trabalhar o conteúdo, a heterogeneidade entre e intragrupos e a atuação do professor.
