ZAN, Clacy (1994)
A Produção de Texto, Atividade Nuclear do Processo de Alfabetização
A Produção de Texto, Atividade Nuclear do Processo de Alfabetização.
São Paulo, 1994. Tese de Doutorado (Pós-graduação em Educação)
Universidade de São Paulo.
Nome do Orientador: Dirceu Ricci Carvalho
Área: Ciências Humanas: Educação
Assunto: Em Análise
Referencial Teórico: Em Análise
Natureza do Texto: Em Análise
Resumo: A presente pesquisa objetivou inserir-se no conjunto dos muitos trabalhos que estão sendo produzidos relativamente à produção de textos pelas crianças em processo de alfabetização e serviu para provar que as crianças escrevem, a despeito de muitas opiniões em contrário. A autora se propôs realizar uma pesquisa-intervenção partindo das seguintes hipóteses: a) a atividade de produção de texto deveria desenvolver-se concomitantemente com a atividade de apropriação de textos, constituindo, ambas um mesmo processo; b) a atividade de apropriação do código escrito, se desvinculada da produção de textos impediria ou prejudicaria o exercício da própria produção de textos. Os dados foram coletados em duas etapas. Na 1ª fez-se uma coleta das produções escritas de crianças em nível de 3ª e 4ª séries, com a finalidade de investigar se os métodos tradicionais de alfabetização teriam influência decisiva sobre a habilidade de produção de textos. Com base na análise de 484 trabalhos infantis resultantes da aplicação, em sessões de intervenção, de 13 diferentes técnicas de ensino, a autora concluiu que, quaisquer que tivessem sido os procedimentos didáticos utilizados na condução do processo de alfabetização, as crianças produziriam textos, desde que os procedimentos didáticos fossem adequados. Sobre este substrato iniciou-se então a 2ª etapa da pesquisa que constituiu-se de intervenções em classes de 1ª e 2ª séries do Ciclo Básico(7 turmas) durante o ano de 1991. Os dados foram obtidos em 42 sessões de produção de texto e foram analisados em blocos separados em virtude das características específicas da 1ª série(3 turmas), da 2ª série de alunos não alfabetizados(1 turma), da 2ª série de alunos alfabetizados iniciantes(2 turmas) e da 2ª série de alunos em fase final de aprendizado(2 turmas). Segundo a autora o estímulo à criatividade, a liberação da imaginação não se faz sem a liberação da palavra, sem o intercâmbio da conversa, um ponto-chave para estimular a produção do texto.
