SAMPAIO, Maria Ângela Magossi (1994)
Ciclo Básico: Inovação Pedagógica Ou Não
São Paulo, 1994. Dissertação de Mestrado Acadêmico (Pós-graduação em Educação)
Universidade Metodista de Piracicaba.
Ciclo Básico: Inovação Pedagógica Ou Não.
Nome do Orientador: Elias Boaventura
Área: Ciências Humanas: Educação
Assunto: Concepção de Alfabetização
Referencial Teórico: Pedagogia
Natureza do Texto: Pesquisa: Análise de Documentos
Resumo: RESUMO: O objetivo deste estudo é analisar se o Decreto nº 21.833, de 28/12/83 referente à proposta do Ciclo Básico constitui de fato uma inovação escolar. Como parte dos procedimentos metodológicos foram examinados a legislação pertinente e as interpretações que deram a elas alguns autores preocupados com este ensino. Trata-se portanto de uma pesquisa teórica, bibliográfica. A educação sempre foi alvo de preocupação para nossos governantes. Tal fato se faz claro devido as inúmeras reformas pelo qual passou o sistema educacional brasileiro. Por esta razão, foram analisadas quatro reformas acontecidas no período republicano: Reforma Benjamin Constant, Francisco Campos, Lei de Diretrizes e Bases e LDB nº 562/71. O Ciclo Básico foi instituído pelo Decreto nº 21.833, de 28 de dezembro de 1983, e abrangia os alunos matriculados no que correspondia às primeiras séries do 1o grau de toda a rede pública de ensino. Seu principal objetivo era a reorganização gradativa da escola pública de 1o grau. Sua finalidade principal era reduzir a repetência e a evasão escolar na passagem da 1a para a 2a série tradicionais. Para que as escolas pudessem resolver o entrave em torno da avaliação, foi criado u documento denominado Ficha Descritiva do Rendimento do Aluno do Ciclo Básico, onde o professor ao final de cada semestre, deveria registrar o desenvolvimento global de cada aluno. Para capacitar os profissionais da rede pública de educação, a Secretaria de Educação proporcionava encontros específicos para treinamento dos mesmos. Quanto à implantação do Ciclo Básico, pode-se dizer que foi totalmente falha. No entanto, dois pontos positivos puderam ser detectados nos dois primeiros anos de implantação: aumento de 10% na aprovação dos alunos do CBA para a 3a série , e os professores se mostraram mais interessados pela alfabetização. A jornada única foi uma nova tentativa de melhorar o ensino de 1o grau que, assim como as outras, teve pontos positivos e negativos. Ao final deste trabalho, a autora pôde concluir que a implantação do CBA não pode ser considerada uma inovação pedagógica. Esta proposta ficou no âmbito do discurso teórico, visto que muitas das escolas estaduais não chegaram a efetivar seu conteúdo, não representando assim um real aperfeiçoamento do sistema educacional de primeiro grau do Estado de São Paulo.