TOME, Maria Evanilda (1994)
Processo de Interação Entre os Sujeitos na Constituição da Aquisição da Linguagem Escrita
Processo de Interação Entre os Sujeitos na Constituição da Aquisição da Linguagem Escrita.
São Paulo, 1994. Dissertação de Mestrado Acadêmico (Pós-graduação em Linguística)
Universidade Estadual de Campinas.
Nome do Orientador: Maria Laura Trindade Mayrink-Sabinson
Área: Linguística, Letras e Artes: Linguística e Letras
Assunto: Em Análise
Referencial Teórico: Em Análise
Natureza do Texto: Em Análise
Resumo: A pesquisa focaliza a aquisição da linguagem escrita, em sua fase inicial. O corpus da mesma constitui-se em um estudo longitudinal ocorrido num período de doze meses. Com a coleta dos dados objetivou-se analisar situações interativas de constituição da escrita inicial. Assim, discuto, aqui, a inportância do papel do outro no processo de aquisição da linguagem escrita a partir da análise das trocas recíprocas, estabelecidas nas situações de interação ocorridas entre três sujeitos - investigadora e gêmeas idênticas (J - outro que já domina a base alfabética da escrita e G - outro que ainda não alcançara a base alfabética da escrita, na época da coleta dos dados). Para realizar a análise dos dados tomou-se como ponto de partida uma perspectiva calcada na interação como constitutiva do conhecimento. Procurou-se olhar os dados a partir de uma concepção de linguagem que a vê como resultante do movimento das atividades linguísticas realizadas entre os sujeitos, via interação. Por outro lado, não foi desprezado a perspectiva na qual se defende a singularidade do sujeito em sua relação com a linguagem. A abordagem teórica deste trabalho leva em conta tanto o social quanto a singularidade dos sujeitos. Deste modo, o trabalho mostrou como relevantes os seguintes pontos: a) que as interlocuções "outras" ocorridas no processo interativo produzem o movimento dos sujeitos levando-os a se constituírem como tais; b) que cada sujeito estabelece o que considera relevante, nestas interações: é a marca da singularidade; c) que o processo interativo é movido pelas diferenças, pelas singularidades.