BORGES, Tereza Maria Machado (1995)
Leitura: da Escrita da Fala à Fala da Escrita - Um Estudo de Distorções no Ensino da Leitura nas Classes de Alfabetização
Leitura: da Escrita da Fala à Fala da Escrita - Um Estudo de Distorções no Ensino da Leitura nas Classes de Alfabetização.
Minas Gerais, 1995. Dissertação de Mestrado Acadêmico (Pós-graduação em Educação)
Universidade Federal de Uberlândia.
Nome do Orientador: Osvaldo Freitas de Jesus
Área: Ciências Humanas: Educação
Assunto: Em Análise
Referencial Teórico: Em Análise
Natureza do Texto: Pesquisa: Estudo de Caso
Resumo: Este trabalho tem por objetivo estudar o problema da Cleitura vocalizada nas classes de alfabetização. Esta investigação optou pela pesquisa através do processo de sondagem. A sondagem das informações realizou-se através da aplicação de um questionário aos 50 professores (da amostra) da 1ª série do 1º grau, da rede pública urbana de Uberaba/MG. A autora afirma que, se escrever passou a significar transformar o oral no escrito, também ler poderia ser entendido como o processo inverso: transformar o escrito no oral. Ensinar a ler significou, nesta ótica, ensinar o mecanismo de falar o texto, ou seja, de passar os olhos nas linhas escritas, pronunciando sílaba por sílaba. A autora completa, ainda, dizendo que nem a leitura oralizada, nem a leitura silenciosa, garantem por si sós, a compreensão do conteúdo. Existe, ainda, um outro aspecto que merece relevância quando se trata deste assunto: é a relação presente entre pensamento e linguagem escrita. Esta interação supõe ser a compreensão a base da leitura e não apenas a sua conseqüência. A análise dos procedimentos metodológicos utilizados no ensino da leitura e da escrita deve considerar que as práticas pedagógicas se modificam no tempo, refletindo as mudanças sociais, implicando uma atualização constante dos profissionais que se propõem a realização de tal tarefa. Contudo, um dos resultados que se obteve nesta pesquisa foi que 100% dos professores pesquisados utilizam prioritariamente a leitura em voz alta sobre a leitura silenciosa, nas aulas de alfabetização. A partir desse argumento, entende-se que deve fazer parte da formação dos alfabetizadores uma discussão sobre as possíveis conseqüências da aprendizagem da leitura pelo modelo da vocalização do texto. Espera-se, com isso, que os alfabetizadores possam compreender que a criança deve ler significativamente para aprender a ler e para aprender muitas coisas lendo. Conclui-se, portanto, que os professores, em sua maioria, ensinam a ler através de procedimentos que estimulam, reforçam e fixam como hábito a leitura por meio da vocalização ou subvocalização dos sinais gráficos da escrita.
