SIQUEIRA, Ana Maria de Paula (1995)
Alfabetização e Cidadania - Relato de Uma Experiência
Alfabetização e Cidadania - Relato de Uma Experiência.
São Paulo, 1995. Dissertação de Mestrado Acadêmico (Pós-graduação em Educação)
Universidade de Guarulhos.
Nome do Orientador: Guaraciaba Micheletti
Área: Ciências Humanas: Educação
Assunto: Em Análise
Referencial Teórico: Em Análise
Natureza do Texto: Em Análise
Resumo: O objetivo é mostrar como ocorreu a assimilação dos mecanismos de leitura e escrita, para o exercício da cidadania, num grupo de crianças das classes populares que, por caminhos pedagógicos inovadores, superaram com sucesso o fracasso escolar. Durante a investigação foram trabalhadas 38 classes e professores de Ciclo Básico, professores de Língua Portuguesa e aproximadamente 1200 crianças (sem pré-escola e retidos) com uma proposta construtivista de alfabetização, para crianças de classes populares. A investigação deste trabalho diz respeito aos anos compreendidos entre 1984 e 1994, período e vigência de implantação do Ciclo Básico e da Jornada única. No histórico da educação, está presente uma constante ausência de políticas educacionais. A escola, enquanto instituição, freqüentemente se exime de sua responsabilidade. Culpa o aluno, o professor, o sistema vigente, mas, não tem buscado com clareza uma solução para seu fracasso. Com o objetivo de reverter este quadro, o governo de São Paulo implanta, em 1984 o CBA, com uma proposta pedagógica centrada no aluno. A criação da Jornada única veio representar um grande avanço na reorganização da escola pública a partir das séries iniciais, completando e enriquecendo o currículo com atividades de Educação Física Infantil e Educação Artística desenvolvidas por professores III. Neste contexto surge, em 1987, a Oficina Pedagógica, tornando-se um local privilegiado e institucional para reflexão, análise, transformação e aprimoramento do desempenho de todos os profissionais da educação. Para que estas iniciativas fossem bem sucedidas, seria necessário que os alfabetizadores compreendessem quais os problemas que seus alunos deveriam enfrentar para aprender a ler e a escrever. A capacitação destes professores foi vista como benéfica e de grande valia. As teorias dos autores construtivistas contribuíram para que estes docentes entendessem a forma como ocorre o aprendizado, os objetivos da educação básica formal, e como fazer a sua intervenção pedagógica, no processo de aquisição de leitura e escrita. Assim, pôde-se perceber que a escrita passou a ser usada como elemento de comunicação preenchendo a sua função. Concluindo, a autora procura mostrar que a caminhada dentro da escola não tem direção pré-determinada pela teoria e prática escolar, essa deve preocupar-se com a construção da praxis do aluno respeitando-se os conhecimentos da leitura e escrita adquiridas no contexto escolar.
