AGUIAR, Ana Cristina de (1995)
Consideracoes Sobre os Aspectos Neuropsicologicos da Aprendizagem de Leitura e a Prática Pedagógica
Consideracoes Sobre os Aspectos Neuropsicologicos da Aprendizagem de Leitura e a Prática Pedagógica.
São Paulo, 1995. Dissertação de Mestrado Acadêmico (Pós-graduação em Linguística)
Universidade Estadual de Campinas.
Nome do Orientador: Maria Irma Hadler Coudry
Área: Linguística, Letras e Artes: Linguística e Letras
Assunto: Em Análise
Referencial Teórico: Em Análise
Natureza do Texto: Pesquisa: Estudo Longitudinal
Resumo: Este trabalho teve por objetivo tentar estabelecer uma relação entre processos cognitivos superiores, tais como percepção, atenção e memória, e a aprendizagem de leitura e escrita. A autora buscou trata de dois pontos que considerou importantes: fazer algumas considerações sobre os aspectos neuropsicológicos envolvidos no processo de aprendizagem de leitura e escrita e refletir sobre a adequação ou não de determinadas práticas pedagógicas, que podem favorecer a mobilização das funções cognitivas superiores da criança. Para tanto, foi realizado um estágio de observação de um grupo de trinta alunos da 1ª série, ao longo de dois anos escolares, 1992 a 1993, ou seja, até o final da 2ª série na Escola Comunitária de Campinas, uma escola particular. Os sujeitos da pesquisa são normais, entendidos como não portadores de síndromes, patologias ou disfunções neurológicas, inseridas em ambientes culturais em que a questão da educação escolar é fundamental. A escola pela escola foi justificada pelo fato de já haver várias pesquisas nessa área, em escolas públicas e também porque a autora pretendia refletir sobre a existência ou não de uma relação de causalidade entre boas condições materiais e desempenho escolar. As observações foram anotadas pela autora, em um diário de classe, onde se deu especial atenção às falas e às atitudes das professoras. As observações levaram a autora a concluir que as condições de aprendizagem, ligadas, por conseguinte ao sujeito, do tipo: nutrição adequada e situação afetiva e econômica favorável, são necessárias, porém não suficientes a uma alfabetização satisfatória. O desempenho dos supostos alunos ideais revelou-se muito semelhante ao das crianças freqüentadoras da rede pública de ensino, em termos dos chamados erros por eles cometidos e suas produções escritas. Conclui-se que a prática pedagógica deve ser um instrumento que pode contornar carências estruturais e promover grandes mudanças qualitativas na cognição da criança, independentemente de ela se encontrar em meio às supostas condições ideais de aprendizagem.
