ACCO, Theresinha (1997)
Como Uma Criança Constrói Sua Caminhada de Leitor-Escritor nas Séries Iniciais
Como Uma Criança Constrói Sua Caminhada de Leitor-Escritor nas Séries Iniciais.
Rio Grande do Sul, 1997. Dissertação de Mestrado Acadêmico (Pós-graduação em Educação)
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul.
Nome do Orientador: Maria Emília Amaral Engers
Área: Ciências Humanas: Educação
Assunto: Em Análise
Referencial Teórico: Em Análise
Natureza do Texto: Pesquisa: Estudo de Caso
Resumo: Este trabalho teve dois objetivos principais. O primeiro foi conhecer os motivos que ocasionaram a ruptura de aprendizagem de uma aluna e a busca de superação desse desvio de aprendizagem. O segundo constitui em verificar como esta criança, nas séries iniciais, construiu sua trajetória de leitor e escritor. Os sujeitos desta pesquisa foram, além da aluna da 3ª série, as professoras da 1ª , 2ª e 3ª séries do Ensino Fundamental e a mãe da criança. Para a coleta de dados foram utilizadas entrevistas, observações e análises do material produzido pela aluna. Inicialmente, buscou-se conhecer os motivos do desvio de aprendizagem e, depois, acompanhou-se a menina nas suas atividades de linguagem, por alguns meses, para saber como ela organizava e construía o texto escrito, as práticas de leitura efetuadas e suas finalidades como formas de expressão. Investigaram-se, junto às professoras da criança desta pesquisa, questões relativas ao processo de aquisição da escrita e às concepções de leitura. A pesquisa indicou que a relação entre o professor e o aluno é responsável pelo bom ou mau desempenho de crianças na rede regular de ensino. Segundo a autora, a aluna da 3ª série enfrentou problemas de relacionamento com a professora, o que ocasionou na criança o seu desestímulo e o desânimo em freqüentar a escola. Dessa forma, a aprendizagem não ocorria de maneira satisfatória. Ao final do trabalho, a autora concluiu que, para possibilitar o crescimento cognitivo de uma criança, é preciso motivação, atenção, recursos adequados para que a aprendizagem. Além disso, segundo a autora, a ação docente, além de ser política, ética, técnica e pedagógica, é também uma ação de arte, que permite ao professor extrapolar os planos e improvisar o cotidiano, atendendo à diversidade de necessidades individuais e de grupo. É tarefa urgente dos cursos de formação de professores refletir as práticas do cotidiano escolar, repensar sua orientação, no sentido de favorecer o instrumental necessário ao aluno para a vida social, cultural, política e profissional.
