BASSO, Rosângela de Barros (1998)
Estudo do Processo de Construção da Leitura e Escrita a Partir de Uma Intervenção Contrutivista Preventiva
Estudo do Processo de Construção da Leitura e Escrita a Partir de Uma Intervenção Contrutivista Preventiva.
São Paulo, 1998. Dissertação de Mestrado Acadêmico (Pós-graduação em Educação)
Universidade Estadual de Campinas.
Nome do Orientador: Maria Thereza Costa Coelho de Souza
Área: Ciências Humanas: Educação
Assunto: Em Análise
Referencial Teórico: Em Análise
Natureza do Texto: Pesquisa: Estudo Comparativo
Resumo: Este estudo visou verificar o desenvolvimento cognitivo de crianças no início do processo de alfabetização e a influência de uma intervenção construtiva preventiva, no processo de construção da leitura e escrita. A partir de um estudo piloto realizado em uma semana, do qual participaram 20 crianças que tiveram boa aceitação da proposta, estudaram-se 60 sujeitos, de 6 a 7 anos e 11 meses, matriculados no CBI (1ª série) de uma escola pública da cidade de Campinas. Organizaram-se dois grupos: Grupo Experimental e Grupo de Controle, submetendo-os a uma avaliação cognitiva através de seis provas piagetianas e uma avaliação quanto ao desempenho em leitura e escrita, durante três etapas: pré-teste, pós-teste 1 e pós-teste 2. O GE foi subdividido em 6 grupos com 5 sujeitos e submetidos a 10 sessões de intervenção construtivista, caracterizadas por atividades pedagógicas e situações lúdicas proporcionadas pelos jogos, fundamentadas nos princípios da epistemologia genética de Jean Piaget, baseadas sobretudo na ação da criança. Os dados obtidos foram registrados em protocolos para análise quantitativa e estatística, apoiada na fundamentação teórica. A análise quantitativa dos resultados obtidos revelou que, os dois grupos demonstraram progressos cognitivos, ressaltando que na Prova de Seriação, o GE obteve melhor desempenho. Quanto à avaliação de leitura e escrita, constatou-se um nítido progresso dos sujeitos do GE, após sessões de intervenção, comprovando-se a hipótese que permeou este estudo. Tais progressos foram atribuídos às situações-problemas propostas através de atividades e jogos que desafiavam o raciocínio dos sujeitos, gerando conflitos e desencadeando os mecanismos que intervêm na construção do conhecimento. Esses resultados demonstram que as crianças necessitam de uma maior exposição à língua escrita, através de atividades que favoreçam o desenvolvimento de suas bases cognitivas, que levem em conta o desenvolvimento da criança.
