GOLLER, Gisele (2002)
A Prática Docente nas Séries Iniciais e Seus Determinantes
São Paulo, 2002. Dissertação de Mestrado Acadêmico (Pós-graduação em Educação: História, Política Sociedade)
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.
A Prática Docente nas Séries Iniciais e Seus Determinantes.
Nome do Orientador: Maria das Mercês Ferreira Sampaio
Área: Ciências Humanas: Educação
Assunto: Em Análise
Referencial Teórico: Em Análise
Natureza do Texto: Em Análise
Resumo: O objetivo deste estudo é caracterizar a prática docente nas séries iniciais. O problema: quais os fatores determinantes da prática docente nas séries iniciais do ensino fundamental e como esses fatores se expressam na atuação docente em sala de aula, na organização das escolas e seu currículo e na relação com as crianças e as famílias. A investigação, de caráter qualitativo, foi desenvolvida por meio de entrevistas e observações sistemáticas do cotidiano escolar de duas turmas de primeira série de uma rede de ensino fundamental recém implantada, sendo que cada uma delas estava sob a responsabilidade de professoras com características distintas: uma com experiência em educação infantil, outra, com experiência exclusiva em ensino fundamental. Considerou-se a centralidade do processo de alfabetização nessa etapa da vida escolar, assim como possíveis diferenças entre as práticas das professoras. Partiu-se da hipótese de que essas diferenças advindas da experiência anterior seriam pouco marcantes na prática do ensino fundamental, mesmo numa rede de ensino recém inaugurada, pois trata-se de um segmento fortemente marcado pela tradição escolar. Isso se revela, inclusive, nos documentos oficiais - Referenciais Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (RCNEI) e Parâmetros Curriculares Nacionais de primeira a quarta série (PCN) - em que se constata que as expectativas de aprendizagens são distintas: enquanto a educação infantil quer formar crianças felizes e saudáveis, o ensino fundamental tem como meta formar futuros profissionais produtivos e competentes. Para alcançar seus objetivos, a escola, ao longo dos anos, criou diversos dispositivos de controle do tempo, da disciplina, da produção e do conteúdo. As hipóteses puderam ser confirmadas com o auxílio de estudos sobre cultura escolar de Rosa Fátima de Souza, Jurjo Torres Santomé e Antonio Viñao Frago, bem como estudos sobre alfabetização de Mary Júlia Dietzsch, Telma Weisz e Sandra Maria Sawaya.