ESTEVES, Isabel de Lourdes (2002)
As Prescrições Para o Ensino da Caligrafia e da Escrita na Escola Pública Primária Paulista (1910-1947)
As Prescrições Para o Ensino da Caligrafia e da Escrita na Escola Pública Primária Paulista (1910-1947).
São Paulo, 2002. Dissertação de Mestrado Acadêmico (Pós-graduação em Educação)
Universidade de São Paulo.
Nome do Orientador: Diana Gonçalves Vidal
Área: Ciências Humanas: Educação
Assunto: Em Análise
Referencial Teórico: Em Análise
Natureza do Texto: Em Análise
Resumo: Este estudo versa sobre as prescrições para o ensino de caligrafia e escrita, no campo do ensino primário preliminar oferecido pela escola pública paulista, entre os anos de 1910 e 1947. Consiste em analisar as preocupações, de educadores e legisladores educacionais, no tocante às indicações de métodos de ensino e, conseqüentemente, ao debate acerca de qual método seria o mais eficaz para ser utilizado pelos professores primários. Não se trata, portanto, de uma análise sobre a aplicação dessas prescrições em sala de aula. Essa tarefa demandaria uma investigação diferenciada centrando-se mais sobre os fatos ocorridos em aula do que nas discussões realizadas através da imprensa educacional. Imporia o estudo de outros tipos de fontes, como: relatórios e materiais elaborados por professor; cadernos e cartilhas utilizadas pelas crianças, etc. A partir de uma incursão pela literatura especializada da época (artigos de revistas educacionais, leis, decretos e folhetos publicados pela diretoria de ensino) apresenta-se a trajetória percorrida pelo ensino da caligrafia e da escrita no currículo primário, demonstrando sua relação com os demais saberes: a leitura e a linguagem. Em seguida explana-se sobre o debate acerca do modelo caligráfico mais adequado para o uso dos estudantes do ensino primário. Inicialmente, essa discussão recaiu sobre os modelos inclinado e vertical e, posteriormente, sobre o vertical, o muscular e o natural. Outras discussões se interrelacionavam a essa. A indicação do uso do método analítico, inicialmente para o ensino da leitura, estendeu-se para o ensino da escrita e demais disciplinas, ao longo dos anos de 1910. No último quartel dos anos 1920, outras propostas se apresentaram como métodos adaptados ao ensino paulista: método analítico - sintético e a alfabetização rápida.