PEREZ, Carmen Lúcia Vidal (2002)
Vozes, Palavras, Textos: as Narrativas Autobiográficas na Formação de Professoras-Alfabetizadoras
São Paulo, 2002. Tese de Doutorado (Pós-graduação em Educação)
Universidade de São Paulo.
Vozes, Palavras, Textos: as Narrativas Autobiográficas na Formação de Professoras-Alfabetizadoras.
Nome do Orientador: Sônia Penin
Área: Ciências Humanas: Educação
Assunto: Em Análise
Referencial Teórico: Em Análise
Natureza do Texto: Em Análise
Resumo: A presente investigação caracteriza-se como um estudo empírico, fundado nas histórias de vida e nas narrativas autobiográficas das professoras-alfabetizadoras. Decorre de experiências de formação continuada de professoras, em diferentes espaços e tempos, tendo como campo de investigação as ações de formação. As cinco professoras pesquisadas são alunas de Cursos de Pós-Graduação com especialização em alfabetização, de diferentes cidades e regiões do país e com vasta experiência no magistério. Fundamentada na epistemologia conectiva, a pesquisa define-se como uma reflexão sobre a ação de formação continuada de professoras-alfabetizadoras e caracteriza-se por um estudo multicasos. A partir da questão - como se produzem no cotidiano de vida e de trabalho de mulheres-professoras, subjetividades de resistência, que traduzem processos de ruptura com discursos e práticas instituídas sobre o saber-fazer docente - desenvolve-se uma reflexão que, partindo dos percursos individuais, possibilita que as professoras se percebam como sujeitos da formação. A presente tese apóia-se numa posição que vê a produção de narrativas autobiográficas, como estratégia importante à construção de uma nova forma de pensar/praticar a formação de professoras. Este estudo tem como objetivo, no que se refere à formação, desenvolver através da produção das narrativas das professoras, uma ação reflexiva que as capacite a "olhar" transversalmente as experiências vividas, a realidade, o mundo e a cultura, evidenciando o entrelaçamento do mundo subjetivo, da consciência, da intuição, dos afetos e dos valores, com as origens de classe, relações de pertencimento, gênero, status racial, etc, na produção de matrizes culturais, que marcam tanto os modos como elas sentem-pensam-vivem a vida e a profissão, como a construção dos significados que lhes são atribuídos.