ROCHA, Betania Tenório Soares da (2005)
Aquisição da Linguagem Escrita e Uso de Computadores na Educação Infantil
Ceará, 2005. Dissertação de Mestrado Acadêmico (Pós-graduação em Educação)
Universidade Federal do Ceará.
Aquisição da Linguagem Escrita e Uso de Computadores na Educação Infantil.
Nome do Orientador: Ana Karina Morais de Lira
Área: Ciências Humanas: Educação
Assunto: Em Análise
Referencial Teórico: Em Análise
Natureza do Texto: Em Análise
Resumo: No percurso escolar que antecede a alfabetização, algumas crianças têm contato com a linguagem escrita através do uso de um teclado de computador. Estas experiências podem representar aprendizagens diferentes daquelas vivenciadas com o código escrito através de instrumentos como papel e lápis ou mesmo a máquina de escrever. Embora essas observações já não representem novidade para educadores, psicólogos e outros profissionais, seus efeitos na aprendizagem da linguagem escrita ainda são pouco analisados. É possível que estas formas de contato com o código escrito levem a elaboração de novas estratégias cognitivas relacionadas à compreensão e à aprendizagem da linguagem escrita. Essa é uma das hipóteses verificadas pelo presente trabalho, que objetiva investigar como a escrita silábica-alfabética, conforme descrita por Ferreiro e Teberosky (1999), é observada quando a criança usa o computador. O trabalho discute se o computador pode mediar o processo de aquisição da linguagem escrita no nível silábico-alfabético. Este estudo foi realizado com oito crianças, com idades entre 5 e 6 anos, que freqüentavam a alfabetização numa escola da rede particular de ensino de Fortaleza-CE. A seleção dessas crianças foi guiada pelos critérios de vivência do nível silábico-alfabético da escrita e freqüência à mesma sala de alfabetização. Os sujeitos, organizados em duplas, foram distribuídos em dois grupos: Grupo Experimental 1 (GE-1), que desenvolvia atividades de escrita através do software Oficina de Histórias, e Grupo Experimental 2 (GE-2), que desenvolvia atividades de escrita com papel e lápis, usando materiais reproduzidos também em papel, a partir daqueles encontrados no software Oficina de Histórias. As análises do pré e pós-testes indicaram que as crianças dos dois grupos evoluíram em suas escritas durante o processo de intervenção. A comparação das produções escritas entre os dois grupos (GE-1 e GE-2), revelou que elas se apresentam de formas similares, nos dois ambientes: computador e papel e lápis. Indicando que tanto o software Oficina de Histórias, quanto o conjunto de materiais similares construídos em papel, representam ambientes/materiais estimulantes para a construção de histórias. Os recursos multimídia do editor de texto, imprimem ao software características lúdicas que podem interferir no processo de construção da narrativa tanto positivamente, mobilizando situações de elaboração mental que promovem a construção da narrativa do texto, quanto negativamente, desviando a atenção das crianças mais para brincadeiras do que para produção de texto. De acordo com os resultados crianças silábico-alfabéticas ao utilizarem o computador como recurso para escrita, revelaram suas hipóteses e concepções sobre a mesma, na tela do editor de texto. No decorrer da intervenção os grupos Experimental 1 e Experimental 2 se equipararam quanto à qualidade de suas produções escritas, independente das características dos instrumentos usados para realizar este tipo de tarefa. Estes dados indicam, que os estímulos externos da escrita, só podem provocar mudanças na aprendizagem quando a criança estiver cognitivamente preparada para recebê-los. Concluímos ainda que o conhecimento da função de escrita, com a possibilidade do uso do teclado pode garantir rapidez para a escrita de crianças silábico-alfabéticas somente se as mesmas já possuírem conhecimentos sobre o mesmo. Palavras chave: computadores, aprendizagem, linguagem escritaNo percurso escolar que antecede a alfabetização, algumas crianças têm contato com a linguagem escrita através do uso de um teclado de computador. Estas experiências podem representar aprendizagens diferentes daquelas vivenciadas com o código escrito através de instrumentos como papel e lápis ou mesmo a máquina de escrever. Embora essas observações já não representem novidade para educadores, psicólogos e outros profissionais, seus efeitos na aprendizagem da linguagem escrita ainda são pouco analisados. É possível que estas formas de contato com o código escrito levem a elaboração de novas estratégias cognitivas relacionadas à compreensão e à aprendizagem da linguagem escrita. Essa é uma das hipóteses verificadas pelo presente trabalho, que objetiva investigar como a escrita silábica-alfabética, conforme descrita por Ferreiro e Teberosky (1999), é observada quando a criança usa o computador. O trabalho discute se o computador pode mediar o processo de aquisição da linguagem escrita no nível silábico-alfabético. Este estudo foi realizado com oito crianças, com idades entre 5 e 6 anos, que freqüentavam a alfabetização numa escola da rede particular de ensino de Fortaleza-CE. A seleção dessas crianças foi guiada pelos critérios de vivência do nível silábico-alfabético da escrita e freqüência à mesma sala de alfabetização. Os sujeitos, organizados em duplas, foram distribuídos em dois grupos: Grupo Experimental 1 (GE-1), que desenvolvia atividades de escrita através do software Oficina de Histórias, e Grupo Experimental 2 (GE-2), que desenvolvia atividades de escrita com papel e lápis, usando materiais reproduzidos também em papel, a partir daqueles encontrados no software Oficina de Histórias. As análises do pré e pós-testes indicaram que as crianças dos dois grupos evoluíram em suas escritas durante o processo de intervenção. A comparação das produções escritas entre os dois grupos (GE-1 e GE-2), revelou que elas se apresentam de formas similares, nos dois ambientes: computador e papel e lápis. Indicando que tanto o software Oficina de Histórias, quanto o conjunto de materiais similares construídos em papel, representam ambientes/materiais estimulantes para a construção de histórias. Os recursos multimídia do editor de texto, imprimem ao software características lúdicas que podem interferir no processo de construção da narrativa tanto positivamente, mobilizando situações de elaboração mental que promovem a construção da narrativa do texto, quanto negativamente, desviando a atenção das crianças mais para brincadeiras do que para produção de texto. De acordo com os resultados crianças silábico-alfabéticas ao utilizarem o computador como recurso para escrita, revelaram suas hipóteses e concepções sobre a mesma, na tela do editor de texto. No decorrer da intervenção os grupos Experimental 1 e Experimental 2 se equipararam quanto à qualidade de suas produções escritas, independente das características dos instrumentos usados para realizar este tipo de tarefa. Estes dados indicam, que os estímulos externos da escrita, só podem provocar mudanças na aprendizagem quando a criança estiver cognitivamente preparada para recebê-los. Concluímos ainda que o conhecimento da função de escrita, com a possibilidade do uso do teclado pode garantir rapidez para a escrita de crianças silábico-alfabéticas somente se as mesmas já possuírem conhecimentos sobre o mesmo. Palavras chave: computadores, aprendizagem, linguagem escrita.