CASTRO, Naara Pereira da Silva (2011)
Sabia Que Já Sei Ler?” Reflexões Sobre a Aprendizagem-Ensino da Linguagem Escrita no Cotidiano Escolar
Sabia Que Já Sei Ler?” Reflexões Sobre a Aprendizagem-Ensino da Linguagem Escrita no Cotidiano Escolar.
Rio de Janeiro, 2011. Dissertação de Mestrado Acadêmico (Pós-graduação em Educação)
Universidade Federal Fluminense.
Nome do Orientador: Maria Tereza Abreu
Área: Ciências Humanas: Educação
Assunto: Em Análise
Referencial Teórico: Em Análise
Natureza do Texto: Em Análise
Resumo: O processo aprendizagem-ensino da linguagem escrita compartilhado por crianças e professoras é a tônica desse estudo, que longe de pretender elucidar o fracasso escolar das práticas alfabetizadoras, embora o quisesse de início, traz cenas nas quais as dúvidas da pesquisadora se misturam com as da professora em suas experiências alfabetizadoras. Nesse percurso busco entender-me professora-pesquisadora (ESTEBAN E ZACCUR, 2002). A dissertação se constitui de diálogos da professora-pesquisadora, buscando entender sua prática, com os sujeitos e as situações de aprendizagem no acontecimento de sua docência. O lugar de enunciação é a escola pública: palco e bastidor de histórias que nos possibilitam pensar sobre saberes/ não saberes/ ainda não saberes (ESTEBAN, 2006) de crianças e professoras no processo de aprendizagem-ensino da linguagem escrita. Refletindo sobre a aprendizagem escolar encontro em Vygotsky (1998) aporte para compreender a aprendizagem e o desenvolvimento da criança que aprende na escola a partir de uma perspectiva de saberes potenciais e prospectivos. Acolhendo a proposta de Freire (1989/1990/2005/2008) trabalho com a ideia de uma alfabetização dialógica. No estudo do processo particular de aprender das crianças, questões são postas em xeque: o conceito linear dado ao erro nas relações de ensino e aprendizagem e a interpretação do pensamento infantil sobre a língua, restrita à análise psicogenética (FERREIRO E TEBEROSKY, 1999) que, de certa forma, vem se constituindo como hegemônicas. No tecer e destecer conhecimentos sobre estas questões sigo pensando as relações ambivalentes que se estabelecem na sala de aula na avaliação da aprendizagem (ESTEBAN, 2006) e na interpretação das ideias infantis sobre a língua (SMOLKA, 2003). Problematizo a relação com o erro como potencializadora do processo de construção de saberes, mas também da produção do fracasso escolar. Neste percurso encontros vão se dando, encontros com o sentido da própria prática e na crítica que vou tecendo e com ela aprendendo, como também, com os meus próprios enganos, vou ressignificando a relação praticateoriaprática. Este estudo não traz respostas, constitui-se de narrativas e reflexões destas e dos indícios e rastros do caminho na trajetória da pesquisa.