SCANFELLA, Ana Teresa (2013)
Mudanças na alfabetização e resistência docente na voz de professoras dos anos iniciais do ensino fundamental: implicações das medidas políticas na prática pedagógica
São Paulo, 2013. Dissertação de Mestrado Acadêmico (Pós-graduação em Educação)
Universidade Estadual Paulista Júlio Mesquita Filho.
Mudanças na alfabetização e resistência docente na voz de professoras dos anos iniciais do ensino fundamental: implicações das medidas políticas na prática pedagógica.
Nome do Orientador: Maria Regina Guarnieri
Área: Ciências Humanas: Educação
Assunto: Formação do Alfabetizador
Referencial Teórico: Em Análise
Natureza do Texto: Em Análise
Resumo: Esse trabalho teve por objetivo analisar a resistência docente na ―voz‖ de professoras alfabetizadoras em relação às ações políticas voltadas à alfabetização e materializadas em programas de formação continuada que visam alterar as práticas docentes. A prática pedagógica está fundamentada em procedimentos definidos por saberes oriundos de aspectos que compõem a trajetória pessoal e profissional de cada docente. Por isso muitas vezes os professores demonstram resistência às medidas políticas que visam promover mudanças na alfabetização e, para que prevaleçam seus interesses, desenvolvem estratégias para reajustar seu trabalho às determinações oficiais. Autores como Hargreaves, Apple, Meirieu e Birgin contribuíram para fundamentar o que se entende por resistência docente e estratégias adotadas mediante as ações políticas, enquanto autores como Tardif, Borges, Gauthier, Gimeno Sacristán e Soares trouxeram subsídios para embasar as análises referentes aos saberes docentes e práticas pedagógicas. O percurso metodológico baseou-se em procedimentos de abordagem qualitativa. A análise documental procedeu com o estudo de materiais relativos ao Programa de Formação de Professores Alfabetizadores – PROFA/ ―Letra e vida‖ e ao projeto ―Estudar pra valer!‖ implementados por uma Secretaria Municipal de Educação do interior paulista a partir da década de 1990. Estes programas foram analisados com base nas categorias: objetivos, concepções de alfabetização, orientações/procedimentos para o trabalho de alfabetização, atividades e terminologias, o que contribuiu para o levantamento das diferenças e semelhanças entre os mesmos. Por meio de uma investigação de natureza empírica realizou-se, durante os meses de janeiro e fevereiro de 2012, entrevistas semiestruturadas