SANTOS, Adriana Rodrigues da Rocha (2014)
Alfabetização e Diversidade: o Trabalho do Professor Frente a Salas de Aulas Compostas Por Alunos Com Diferentes Conhecimentos e Experiências
São Paulo, 2014. Dissertação de Mestrado Acadêmico (Pós-graduação em Psicologia da Educação)
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.
Alfabetização e Diversidade: o Trabalho do Professor Frente a Salas de Aulas Compostas Por Alunos Com Diferentes Conhecimentos e Experiências.
Nome do Orientador: Claudia Leme Ferreira Davis
Área: Ciências Humanas: Educação
Assunto: Em Análise
Referencial Teórico: Em Análise
Natureza do Texto: Em Análise
Resumo: O objetivo deste trabalho foi investigar como professores ligados à rede municipal de Curitiba (PR) abordavam a diversidade de conhecimentos, experiências e ritmos de aprendizagem de seus alunos durante o processo de alfabetização, notadamente em seus estágios iniciais. Buscando alcançar um conhecimento mais aprofundado a respeito desse processo, foram discutidas algumas correntes teóricas atualmente mais bem acolhidas no plano nacional e internacional: o construtivismo, as contribuições de Vygotsky e as de Uta Frith. Em especial, buscou-se apreender a função do professor no processo de ensino-aprendizagem da leitura e da escrita. O estudo desenvolveu-se com base em um enfoque qualitativo de pesquisa, no qual os professores participantes do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC) responderam a um questionário que versava sobre a maneira como conduziam a alfabetização de seus alunos, verificando se consideravam (ou não), nesse processo, a diversidade de conhecimentos, experiências e ritmos de aprendizagem presentes na sala de aula. Os docentes relataram como abordavam essa situação, tecendo também considerações sobre o PNAIC e seu impacto na prática docente. Na análise dos dados, algumas constatações ficaram claras: se a alfabetização em nosso país tem, de fato, apresentado avanços, é necessário investir na formação continuada dos docentes a fim de orientar o trabalho que desenvolvem, informando-os sobre as bases teóricas que as redes de ensino públicas adotam para nortear o trabalho em suas escolas, de modo que os docentes possam refletir sobre sua própria prática pedagógica. Sem isso, dificilmente os profissionais do ensino ganharão os subsídios necessários para fazer bom uso da diversidade de conhecimentos e experiências de seus alunos, facilitando-lhes a construção da leitura e da escrita.