MOURA, Taís Aparecida de (2016)
Práticas de Alfabetização de Professoras Alfabetizadoras Iniciante e Experiente no 1º Ano do Ensino Fundamental
São Paulo, 2016. Dissertação de Mestrado Acadêmico (Pós-graduação em Educação Escolar)
Universidade Estadual Paulista Júlio Mesquita Filho.
Práticas de Alfabetização de Professoras Alfabetizadoras Iniciante e Experiente no 1º Ano do Ensino Fundamental.
Nome do Orientador: Maria Regina Guarnieri
Área: Ciências Humanas: Educação
Assunto: Em Análise
Referencial Teórico: Em Análise
Natureza do Texto: Em Análise
Resumo: Com um olhar mais atento às práticas de alfabetização, no 1º ano do Ensino Fundamental, retratou-se neste estudo a atuação de duas professoras alfabetizadoras com tempos de docência diferenciados. Para tanto, a presente dissertação teve como objetivo investigar e analisar as práticas de alfabetização realizadas por uma professora iniciante e uma professora experiente, considerando os elementos da gestão da matéria e da classe presentes na interação das aulas de alfabetização. O referencial teórico baseou-se em autores como Gimeno Sacristán e Gauthier que fundamentam a prática docente, enquanto Huberman, Gonçalves, Marcelo Garcia, Guarnieri e Lima trouxeram subsídios para tratar das fases da docência e às práticas de alfabetização tiveram por base os estudos de Soares e Carvalho. A pesquisa qualitativa, de base empírica, foi desenvolvida numa escola estadual do interior do Estado de São Paulo, norteada pela seguinte problemática: Como as professoras alfabetizadoras iniciante e experiente realizam suas práticas de alfabetização nos anos iniciais do Ensino Fundamental? Quais são os elementos da gestão da matéria e da classe que estão presentes na interação das aulas de alfabetização? Utilizou-se como instrumentos de coleta de dados a observação das aulas realizadas pelas professoras iniciante e experiente, num período de três meses e realizou-se uma entrevista semiestruturada. Os dados obtidos foram organizados em três eixos temáticos: A natureza do processo de alfabetização; A gestão da matéria e os aspectos significativos para alfabetizar; A gestão da classe e o estilo de alfabetizar. A partir de uma análise comparativa, os resultados revelaram que o tempo de docência acaba influenciando no encaminhamento da gestão da matéria, mas não é um fator determinante na gestão da classe, sendo que entre as práticas de alfabetização da iniciante e experiente há mais diferenças, do que semelhanças. Constatou-se o quão complexo é o tema da alfabetização, o que confirma a hipótese levantada nessa pesquisa, ou seja, ambas as professoras apresentaram dificuldades para alfabetizar. Conclui-se que, seja o professor iniciante ou experiente, é preciso haver comprometimento com suas escolhas, condutas e manejo do ensino, porque não dá para aceitar improvisações e tentativas no processo de alfabetização.