KEMP, Adriana Aparecida Tahara (2016)
Processamento Auditivo (Central) em Escolares das Séries Iniciais de Alfabetização
Processamento Auditivo (Central) em Escolares das Séries Iniciais de Alfabetização.
São Paulo, 2016. Dissertação de Mestrado Acadêmico (Pós-graduação em Fonoaudiologia)
Universidade Estadual Paulista Júlio Mesquita Filho.
Nome do Orientador: Ana Claudia Vieira Cardoso
Área: Em Análise
Assunto: Em Análise
Referencial Teórico: Em Análise
Natureza do Texto: Em Análise
Resumo: Pesquisas que investiguem as habilidades auditivas em escolares são fundamentais, uma vez que não compreender auditivamente a mensagem pode interferir negativamente no processo de aprendizagem da criança. Sendo assim, os objetivos deste estudo foram: caracterizar e comparar as situações cotidianas de escolares das séries iniciais que possam indicar dificuldade referente ao processamento auditivo (central); caracterizar e comparar os testes comportamentais utilizados na avaliação do processamento auditivo (central) de escolares das séries iniciais nas etapas teste e reteste e; correlacionar as variáveis idade e gênero com os testes de processamento auditivo (central). Este foi um estudo do tipo coorte, analítico, observacional, longitudinal e prospectivo; desenvolvido em uma escola da rede pública de ensino de uma cidade de pequeno porte. Compuseram a amostra 36 crianças, de ambos os gêneros, subdivididos em dois grupos: grupo 1 (G1) - 13 crianças com idade entre seis anos e seis anos nove meses e; grupo 2 (G2) - 23 crianças com idade variando entre seis anos e onze meses e sete anos e dez meses. Este estudo foi realizado em duas etapas, denominadas teste e reteste. Na etapa teste enviou-se o questionário Scale of Auditory Behaviors (SAB) aos pais ou responsáveis e, realizou-se avaliação comportamental do processamento auditivo (central). Na etapa reteste, os participantes foram submetidos a nova avaliação do processamento, seis meses após o teste. Na análise inferencial, para comparar os resultados obtidos no teste e no reteste, após um semestre de alfabetização, aplicou-se o Teste dos Postos Sinalizados de Wilcoxon e para correlacionar as variáveis idade e gênero e os testes de processamento auditivo (central), utilizou-se a Correlação de Spearman. A análise do questionário SAB mostrou que os pais do G1 relataram que a criança pede para repetir as coisas e que os filhos são desorganizados e; no G2: a criança não entende bem quando alguém fala rápido ou abafado, pede para repetir as coisas e que são facilmente distraídos. A análise dos testes comportamentais do processamento auditivo (central) aplicados nas crianças das séries iniciais, em ambas as etapas, mostrou que o teste com maior prevalência de alteração foi o teste Dicótico de Dígitos. Cabe ressaltar que nenhuma criança do G1 e algumas do G2 não compreenderam o RGDT na etapa teste e, que mesmo após seis meses esta dificuldade se mantém para ambos os grupos. Na etapa reteste, notou-se melhora significante no número de testes alterados e, nos testes de localização sonora, dicótico de dígitos e RGDT. Na correlação entre os testes de processamento auditivo (central) e as variáveis idade e gênero, nas etapas teste e reteste, observou-se que a idade se correlacionou apenas com o teste dicótico de dígitos na orelha esquerda. Quanto ao gênero, este não se correlacionou com nenhuma variável. Foi possível concluir que a maioria dos pais das crianças referiram alguns comportamentos que indicavam dificuldade em processar a informação auditiva, porém esta frequência foi relativamente baixa. O teste comportamental do processamento auditivo (central) com maior prevalência de alteração foi o Dicótico de Dígitos, bem como notou-se melhora estatisticamente significante no número de testes alterados e de alguns testes no reteste. td {border: 1px solid #cccccc;}br {mso-data-placement:same-cell;}