COSTA, Andréa de Oliveira (2017)
Por Que Alguns Alunos Chegam Ao 6º Ano do Ensino Fundamental Sem Saber Ler e Escrever?
Minas Gerais, 2017. Dissertação de Mestrado Acadêmico (Pós-graduação em Gestão e Avaliação da Educação Pública)
Universidade Federal de Juiz de Fora.
Por Que Alguns Alunos Chegam Ao 6º Ano do Ensino Fundamental Sem Saber Ler e Escrever?.
Nome do Orientador: Ilka Schapper Santos
Área: Ciências Humanas: Educação
Assunto: Em Análise
Referencial Teórico: Em Análise
Natureza do Texto: Em Análise
Resumo: Esta dissertação tem como pergunta principal e objetivo saber quais os motivos que levam os alunos a não conseguirem se alfabetizar nos três primeiros anos de escolaridade e chegarem ao 6º ano do Ensino Fundamental sem ler e escrever. Assumindo que a alfabetização é uma construção que se dá nas relações interpessoais, mediadas pela linguagem, esta dissertação busca, no discurso dos alunos e professoras dos anos iniciais do Ensino Fundamental, os sentidos atribuídos à alfabetização e letramento. Para tal, este estudo fundamenta-se teoricamente na concepção de linguagem como constituidora da consciência e espaço de inter-relações sociais, tendo como aportes teóricos principais os estudos desenvolvidos por Lev Seminovich Yygotsky sobre o fenômeno da linguagem e a mediação e os estudos desenvolvidos por Mikhail Bakhtin. Além desses teóricos, constituem-se como interlocutores autores que abordam especificamente sobre a alfabetização, a leitura e a escrita como Soares, Kleiman, Mortatti, Cagliari, Schapper, entre outros. A perspectiva histórico-cultural orientou os procedimentos de pesquisa e as análises desenvolvidas sobre o material empírico produzido na observação de aula do 3º ano do Ensino Fundamental e atividades nos encontros dialógicos com os alunos em situação de comprometimento de aprendizagem do 3º e 5º anos do Ensino Fundamental. A partir das análises chegou-se a conclusão que os alunos, desses dois níveis de ensino pesquisados, estão muito aquém do nível desejado, ficando claro e evidente a falta de empenho da própria escola na condução do processo educacional, sendo que, a escola sozinha não conseguindo fazer um bom trabalho, necessita da ajuda das famílias, direção e professores. Observou-se que as professoras são comprometidas, mas o número excessivo de alunos por turma as impedem de fazer uma intervenção mais intensa. Esses alunos chegarão ao 6º ano do EF da maneira que estão. Cabe à direção escolar, dar o aval para mudar essa realidade com um projeto de intervenção extraclasse e com o apoio da família para que se esse ciclo se quebre e que as crianças tenham sua vida escolar normalizada.