MILLANI, Silvana Martins de Freitas (2017)
Atividade Docente de Estudo de Professoras do Ciclo de Alfabetização: Vivências Formativas em Contextos de Cultura Escrita
Atividade Docente de Estudo de Professoras do Ciclo de Alfabetização: Vivências Formativas em Contextos de Cultura Escrita.
Rio Grande do Sul, 2017. Tese de Doutorado (Pós-graduação em Educação)
Universidade Federal de Santa Maria.
Nome do Orientador: Doris Pires Vargas Bolzan
Área: Ciências Humanas: Educação
Assunto: Em Análise
Referencial Teórico: Em Análise
Natureza do Texto: Em Análise
Resumo: Este estudo vincula-se à Linha de Formação, Saberes e Desenvolvimento Profissional do Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade Federal de Santa Maria/RS. Apresenta como problemática orientadora a seguinte questão: como se desenvolve a atividade docente de estudo de professoras do ciclo de alfabetização em contextos de cultura escrita? Com base nesta problemática definiu-se como objetivo geral: compreender o desenvolvimento da atividade docente de estudo de professoras do ciclo de alfabetização em contextos de cultura escrita. Para tanto, foram delimitados como objetivos específicos: identificar as vivências formativas em contextos de cultura escrita de professoras do ciclo de alfabetização; reconhecer como as vivências formativas em contextos de cultura escrita repercutem no desenvolvimento da atividade docente de estudo das professoras; identificar os procedimentos e as estratégias, bem como as ações e operações envolvidas no processo de desenvolvimento da atividade docente de estudo das professoras; e reconhecer como a atividade docente de estudo repercute na aprendizagem da docência das professoras. Nesta perspectiva, para o desenvolvimento da pesquisa optou-se pela abordagem metodológica qualitativa de cunho sociocultural, fundamentada nos estudos de Vygotski (2007, 2010), Bakhtin (2010a, 2010b), Clandinin e Connely (1995), Freitas (2002, 2007) e Bolzan (2001, 2002), cujos pressupostos teórico-metodológicos contribuíram com a análise das narrativas de sete professoras do ciclo de alfabetização, que se constituíram como colaboradoras da pesquisa. A partir dos subsídios teóricos de Vygotski (1996, 2007, 2009, 2010, 2012, 2013, 2014), Leontiev (1978, 1984), Davídov e Markóva (1987), Marcelo Garcia (1999), Imbernon (2010, 2011), Tardif (2014), Ferry (2004), Zeichner (1993), Schön (1997), Nóvoa (1997), Ferreiro (2001, 2010, 2013), Ferreiro e Teberosky (1999), Bolzan (2001, 2002, 2009, 2016a) e Isaia (2006), dentre outras referências, foi desenvolvida a tessitura teórico-analítica desse estudo, definindo como grande categoria a atividade docente de estudo e como suas dimensões categoriais as vivências formativas e a produção da docência. Nesta trama, estão presentes também os movimentos de produção de sentido e de aprendizagem compartilhada, além do elemento transversal que se configura pelas ações auto, hetero e interformativas. A pesquisa realizada possibilitou compreender que o desenvolvimento da atividade docente de estudo é consolidado por meio de múltiplas vivências formativas que constituem a trajetória pessoal e profissional das professoras. Nesse processo, a prática pedagógica é reconhecida como a atividade principal das docentes, a qual é geradora de necessidades e motivações que impulsionam a atividade docente de estudo. Além disso, as professoras evidenciam em suas narrativas que esta atividade é potencializada pela atividade colaborativa produzida no grupo de estudos, favorecendo a construção de conhecimentos pedagógicos compartilhados capazes de promover a autonomia pedagógica e alavancar os processos de aprendizagem da docência alfabetizadora. Por fim, é possível afirmar que o movimento organizacional da atividade docente de estudo é um processo permanente, que vai sendo impulsionado e redimensionado pelos movimentos de aprendizagem compartilhada e de produção de sentido, gerando um modo de constituição de si na docência, ou seja, um modo de aprender a ser professor.
