PINHEIRO, Welbert Feitosa (2018)

PINHEIRO, Welbert Feitosa. Garimpeiro de Memórias: Práticas Educativas de Ozildo Albano - Piauí - (1952-1989). Minas Gerais, 2018. Tese de Doutorado (Pós-graduação em Educação) Universidade Federal de Uberlândia.

Nome do Orientador: Sônia Maria dos Santos

Área: Ciências Humanas: Educação

Assunto: Em Análise

Referencial Teórico: Em Análise

Natureza do Texto: Em Análise

Resumo: A pesquisa se insere no campo da História da Educação e tem como objeto de estudo a história de vida e as práticas educativas realizadas pelo educador picoense José Albano de Macedo, o Ozildo Albano, nos municípios de Picos, Pio IX e Jaicós, no Piauí, nos anos de 1952 a 1989. O estudo historiográfico pautou-se em uma investigação que teve como fio condutor a seguinte questão/problema: Como Ozildo Albano, na condição de mediador cultural, desenvolveu sua prática educativa no Piauí, na promoção da mudança da realidade cultural?. Elegeu-se como objetivo geral investigar as práticas educativas de Ozildo Albano, no Piauí, entre os anos de 1952 a 1989 e, como objetivos específicos, analisar o processo de formação escolar e acadêmica de Ozildo Albano, mapear e apresentar as práticas educativas de Ozildo Albano nos espaços escolares, analisar as práticas educativas de Ozildo Albano na imprensa escrita, analisar as práticas educativas de Ozildo Albano no campo museal. Percorreu-se o caminho metodológico traçado pela História Oral, instrumentalizado através de entrevistas realizadas com treze interlocutores que trouxeram informações sobre as suas práticas educativas em espaços/tempo da história coletiva local. Foram usadas fontes documentais que permitiram um mapeamento aprofundado em torno das práticas educativas do educador e do contexto em que estava inserido. Defendeu-se, no percurso investigativo, a tese de que a prática educativa do mediador cultural promove o acesso a saberes educativo-culturais aos povos, em contextos sociais diversos. Através das práticas educativas de Ozildo Albano, no contexto escolar, no Jornal Flâmula e no Museu que leva seu nome foi possível comprovar o resultado do trabalho do mediador cultural, em uma realidade marcada pelo analfabetismo. Na construção textual, utilizou-se do campo teórico da Nova História Cultural, tendo como base os estudos de Burke (1992;2017), Bloch (2001), Le Goff (1984;1988;1995;2002;2003), Prost (1998;2008), Levi (1992;2006), Nora (1993), Ginzburg (1989), Revel (1998), Sirinelli (1998;2003); Heller (1989) sobre o cotidiano; Manguel (2001) e Sontag (1981) sobre leituras de imagens; Thompson (1992) e Alberti (2004;2005;2006) sobre o método da história oral; Forquin (1993) e Julia (2001) com os estudos sobre cultura escolar; Tardif (2002) sobre os saberes docentes; as instruções para a leitura de textos propostas por Eco (1993;1994); os conhecimentos sobre a memória propostos por Halbwachs (1990), Bosi (1994) e Catroga (2001); os estudos de Pomian (1984) sobre as coleções museológicas; Poulot (2013) sobre museu e museologia; Contreras (2002) sobre a profissionalidade docente; Dosse (2009) sobre biografia; Bourdieu (1983; 1996; 2003; 2004a; 2004b; 2004c; 2006; 2007) sobre biografia e as categorias campo, habitus e capital cultural, além dos estudos de Nóvoa (2002) sobre a imprensa de educação e ensino.