NOGUEIRA, Márcia de Paula Pinto (2018)
Discursos em Disputa: os Sentidos de Avaliação no Ensino Fundamental do Município de Macaé
Discursos em Disputa: os Sentidos de Avaliação no Ensino Fundamental do Município de Macaé.
Rio de Janeiro, 2018. Dissertação de Mestrado Acadêmico (Pós-graduação em Educação)
Universidade Estadual do Rio de Janeiro.
Nome do Orientador: Maria de Lourdes Rangel Tura
Área: Em Análise
Assunto: Em Análise
Referencial Teórico: Em Análise
Natureza do Texto: Em Análise
Resumo: A presente dissertação tem como objeto de estudo a avaliação em larga escala do governo federal denominada ANA (Avaliação Nacional de Alfabetização) e a municipal denominada AMA (Avaliação Macaense de Alfabetização) e por objetivo principal a análise dos sentidos de avaliação produzidos por docentes de 1º, 2º e 3º anos do ensino fundamental no município de Macaé / Estado do Rio de Janeiro. O estudo orienta-se pelas contribuições teórico-metodológicas da Teoria do Discurso proposta por Ernesto Laclau e Chantal Mouffe, buscando problematizar perspectivas essencialistas de currículo e avaliação. Defende que o discurso dos docentes investigados sobre avaliação, não está baseado em uma representação plena de um fundamento de avaliação dado a priori, mas se constitui na luta política por hegemonizar um modelo avaliativo significado como via para o alcance da qualidade da educação. As avaliações externas são produzidas nas articulações contingentes e provisórias que se formam em torno dos conflitos, lutas e demandas na produção das políticas de currículo no espaço escolar, construindo sentidos de avaliação na contingência. O corpo empírico da pesquisa é constituído por entrevistas semiestruturadas com docentes escolhidas durante a observação do cotidiano de escolas da região e outras que a direção das escolas indicou. Analisei também documentos oficiais da SEMED/Macaé que dispõem sobre a AMA, exemplares dos instrumentos avaliativos e informações extraídas do site da prefeitura municipal de Macaé e de Coordenações que formulam e acompanham as provas no município. As investigações apontaram que a ANA e AMA são significados pelos (as) professores (as) como avaliações externas sem característica diagnóstica. E o termo autonomia docente é um ponto central da disputa.
