BARROS, Camilli de Castro (2021)
Entre o prescrito e o efetivamente praticado : um estudo da avaliação para as aprendizagens e dos registros no bloco inicial de alfabetização
Distrito Federal, 2021. Dissertação de Mestrado Acadêmico (Pós-graduação em Educação)
Universidade de Brasília.
Entre o prescrito e o efetivamente praticado : um estudo da avaliação para as aprendizagens e dos registros no bloco inicial de alfabetização.
Nome do Orientador: Solange Alves de Oliveira Mendes
Área: Ciências Humanas: Educação
Assunto: Em Análise
Referencial Teórico: Em Análise
Natureza do Texto: Em Análise
Resumo: O presente estudo analisou as concepções de cinco docentes atuantes nos 1o, 2o e 3o anos do ensino fundamental e da coordenadora pedagógica, de uma escola da Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal, a respeito das práticas avaliativas e dos registros na alfabetização. O referencial teórico está ancorado na teoria da transposição didática (CHEVALLARD, 1991); na inventividade e na criatividade do saber-fazer em sala de aula (CHERVEL, 1990) e Chartier (2007); nos aspectos relativos à teoria da fabricação do cotidiano (CERTEAU, 2013). No campo da avaliação e suas múltiplas facetas, o estudo dialoga com Luckesi (2006; 2003), Perrenoud (1999), Hoffmann (2010), Hadji (2001), Villas Boas (2017; 2013; 2012; 2008; 2007; 2006) e Freitas (2014). Além desses, essa temática está ancorada em documentos de base legal, a exemplo das Diretrizes Pedagógicas do bloco inicial de alfabetização (DISTRITO FEDERAL, 2012); as Diretrizes de Avaliação Educacional: Aprendizagem, Institucional e em Larga Escala (DISTRITO FEDERAL, 2014a), Diretrizes Pedagógicas para Organização do 2o Ciclo (DISTRITO FEDERAL, 2014b) e no do Currículo em Movimento (DISTRITO FEDERAL, 2018a). Nos campos da alfabetização e do letramento, dialoga com Soares (2021; 2020; 2012; 2004; 2003), Morais (2019; 2012; 2009), Ferreiro e Teberosky (1999), Mortatti (2010), Almeida (2006), Carvalho (2005), entre outros. Trata-se de um estudo de natureza qualitativa (ANGROSINO, 2009; RESENDE, 2009). Para a produção de dados, recorreu-se à entrevista de grupo focal realizada no segundo semestre de 2021, de forma online, por meio da plataforma Meet, com cinco professores/as atuantes em turmas de alfabetização, bem como entrevista semiestruturada presencial com a coordenadora pedagógica de uma escola pública da cidade de Ceilândia- DF. Para o tratamento e análise dos dados, recorreu-se à análise de conteúdo temática (BARDIN, 1977; FRANCO, 2008). Os resultados apontaram para a defesa da perspectiva formativa de avaliação, de modo que tanto os/as docentes quanto a coordenadora pedagógica mencionaram alternativas didáticas que adotavam para assegurar essa prática. Sobre essa temática, embora tenham ocorrido ressalvas quanto ao RAv – registro avaliativo adotado na Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal, a exemplo do tempo e da formação para apropriação da proposta, os/as profissionais entrevistados/as teceram aspectos positivos quanto a essa opção de avaliação. Foi notória a identificação com a perspectiva de alfabetizar letrando, ainda que docentes tenham recorrido a termos, tais como: codificação, decodificação. Sobre esse aspecto, acrescenta-se que tanto apontaram a supremacia do letramento, por um lado, como, por outro, houve quem defendesse o trabalho com unidades linguísticas menores que o texto. Em se tratando do ciclo de alfabetização, comentou-se, também, sobre a progressão do ensino e das aprendizagens na área de língua portuguesa, de modo a mencionarem o trabalho com a escrita alfabética, a ortografia; vinculado aos gêneros textuais. Ressalta-se, sobre os documentos legais considerados no estudo, o alinhamento das narrativas dos sujeitos entrevistados, com o Currículo em Movimento (DISTRITO FEDERAL, 2018a), em detrimento da Base Nacional Comum Curricular (BRASIL, 2017). Sobre esse último documento, nem o aspecto temporal para consolidar a alfabetização (dois ao invés de três anos), vinha impactando o trabalho desenvolvido pelos/as professores/as que contribuíram com a pesquisa, já que tomaram como base os três anos preconizados pelo Currículo em Movimento.